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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS DURANTE A FINNAR ARRANCAM APLAUSOS DA PLATEIA



Sempre pautada na arte e na cultura, a Finnar ofereceu uma pro­gramação variada de shows e outras apresentações artísticas nessa quarta edição. As manifestações priorizaram o artista brasiliense e a história de nossa Capital. Mas, fazendo jus ao caráter internacional da feira, foram exibidas também danças e personagens internacionais, que arrancaram sorrisos de vi­sitantes de todas as idades.
Para comemorar os 50 anos de Brasília, foi preparado um palco todo especial. Nessa edição, os artistas plásticos Pedro Braga Silva e Juliana Costa Borges utilizaram a técnica do gra­fite para pintar um cenário que lembrava a Torre de TV e o Eixo Monumental. O palco foi um dos principais pontos de encontro da Finnar, uma vez que, quando não estava sendo usado para apresentações, era ocupado pelas crianças, que ali brincavam e corriam.
“Ser reconhecida pelo compromisso com o crescimento hu­mano, por meio da arte, cultura e sustentabilidade, unindo o CRER ao FAZER em eventos e promoções nos mais diver­sos segmentos.” Mais do que um palco, a Finnar tem como visão o protagonismo. Por isso, seu palco esteve aberto du­rante todo o evento para manifestações espontâneas, como os cantos dos índios da Tribo Fulni-ô, que, por diversas vezes, alegraram e surpreenderam os visitantes do evento.

Apresentações durante a Finnar:
Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
Inventores do seu próprio mito, “Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro” une música, dança, brincadeiras e um figurino arrojado para contar a história do Calango Voador, mito povoado por seres imaginários do Cerrado, que hoje é um dos identificadores culturais típicos de Brasília. O Grupo, que também criou o seu próprio som, o Samba Pisado, divulga seu trabalho em Brasília há 6 anos.
Criado por Tico Magalhães, o mito é dividido em três partes. Conta desde o surgimento do cerrado até a criação de Brasília. A história faz referência ainda a outros seres típicos, como a
caliandra, o elefante tromba d´água, o gavião e o lobo-guará.
“Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro” é hoje responsável por um dos maiores festivais da cidade: o Festival Brasília de Cultura Popular, que já está em sua sexta edição e reúne milhares de pessoas anualmente na Funarte. Em 2007, o grupo foi homenageado pelo Ministério da Cultura como grupo de cultura popular tradicional. Hoje, o Mito do Calango Voador já faz parte da história da capital e leva um pouco da cultura brasiliense a todo o país.
Mamulengo Sem Fronteiras e Mamulengo Fuzuê
A brincadeira com mamulengos é uma tradição muito comum no nordeste brasileiro, especialmente em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Mamulengos são fantoches manipulados por um artista, chamado de “mamulengueiro”, que dá vida e voz aos personagens.
O mamulengueiro é geralmente um homem com grande capacidade para inventar histórias e improvisar situações com os bonecos, brincando com o público e fazendo críticas aos costumes sociais. Esse artista popular anda de povo em povo, levando e trazendo diversão e informações, despertando o espírito da alegria por onde passa.
Os bonecos, em sua maioria, são feitos de madeira e tecido. De feições simples e movimentos engraçados, sempre lembram algum personagem conhecido, um político, um religioso, um aventureiro, um patrão, um empregado, alguns bichos naturais e até criações do outro mundo.
Nessa quarta edição da Finnar, dois renomados grupos de Brasília fizeram suas apresentações: Mamulengo Sem Fronteiras e Mamulengo Fuzuê, que fazem parte do Ponto de Cultura Invenção Brasileira e já viajaram pela América do Sul, América do Norte e Europa divulgando a cultura do teatro de mamulengos.
Coordenado por Walter Cedro, o Mamulengo Sem Fronteiras reúne música e teatro de bonecos para contar a história do palhaço Bastião e suas aventuras. Já o Mamulengo Fuzuê é coordenado por Thiago Francisco e trouxe para a Finnar “Benedito, Abençoada e Bendizido”, além de esquetes tradicionais do mamulengo, palhaços, ventriloquia e mágica. Ambos tem como principal objetivo viver e incentivar a transformação pela arte, e assim colaborar para o fortalecimento de uma nova realidade global, mais justa, solidária, amorosa e criativa.
Centro Cultural Árabe Brasileiro Ninah Medrei
Desde 1998, o Centro Cultural Árabe Brasileiro Ninah Medrei leva o folclore árabe ao público brasiliense. Além da já tradicional Dança do Ven­tre, os alunos e professores buscam apresentar a variedade de danças típicas arábicas, como a Dança com Sete Véus, o Guedra e o Haggalah. Nessa edição, foi apresentado o Dabke com bastões e também o pout-pourri de outras danças. O Dabke é uma dança típica praticada desde os tempos dos fenícios, quando os homens se organizavam para consertar os telhados vizinhos por meio de pisadas, que recompactavam a lama do teto. Acompanhado de instrumentos musicais, o trabalho tornou-se uma dança.
Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina
Fundada em 2007, a Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina foi criada com o objetivo de lutar pela preservação da historia da cidade. Juntos, os mais de 50 integrantes trabalham pelo tombamento de casarões considerados patrimônio da cidade e pela preservação de costumes e festas religiosas típicas do lugar. Durante a Fin­nar, os participantes da associação apresentaram a Dança do Coco, folguedo tipicamente nordestino executado ao som de cantigas e instrumentos musicais. Conta-se que a Dança do Coco tem origem no canto dos escravos nos babaçuais. No Brasil, o coco surgiu como um dos diversos folguedos de festa junina, mas hoje é dançado em qual­quer época do ano.
Grupo Morabezza
A Finnar também foi palco de apresentações internacionais. No sábado (24/04), o Grupo Morabezza – composto por estudantes da UnB vindas de Cabo Verde, mostrou um pouco da cultura de seu país através da dança.
Desfile Moda Artesã e Desfile Paranoarte
Um dos pontos altos da Finnar são os desfiles. Nessa edição, as apresentações foram realizadas em dois dias: Na sexta (23/04), quinze modelos das agências Glam Model e Mega Model vestiram peças de vários artesãos presentes na feira. “É o 3° ano que participo. Sempre depois do desfile percebo um aumento significativo nas vendas”, disse Maria José, estilista e artesã responsável pela marca Maritaca, que tinha algumas de suas peças no desfile.
No sábado (24/04), foi a vez de a Paranoarte apresentar sua moda artesanal. A Rede Solidária de Artesanato é uma iniciativa de produção sustentável em Brasília que alia inclusão social e geração de renda. A Rede trabalha em diversas comunidades no Distrito Federal e Entorno e vem conseguindo ótimos resultados na capacitação de pessoas de comunidades carentes e no trabalho de reciclagem e reaproveitamento de materiais na moda.
Nas duas edições, o desfile teve coordenação de Helenice Bastos, produção de Raony Vieira e cabelo e maquiagem de Cássia Vitoriana.
http://www.finnar.com.br/noticias-e-midia/10-manifestacoes-artisticas-durante-a-finnar-arrancam-aplausos-da-plateia

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